Fujo, outra vez mais, de Vila Real e de tudo o que lá me assusta. Parto com a mesma pressa, que nos últimos tempos me tem feito querer chegar. E pelo mesmo motivo. A mesma ansiedade, a mesma ingenuidade, disfarçada de pensamento positivo, de um «Calma, vai correr tudo bem». Sigo em direcção à paz, sentido sul. Descer. Para subir. Para nunca mais cair. Lembra-me "Ornatos". Um mesmo estado de espírito? Um outro espírito que vai, pouco a pouco, deixando também de estar? Esvaindo-se na fumaça de não ser ou de não saber quem se é ou de, no fundo, saber e amaldiçoar ter-se esse fundo… "Eu abro a dor de ser quem sou, de tudo amar". Hei-de fazer as pazes comigo.
Marta Tavares, 1999
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